Roseiras

Identificar, resolver os problemas

A boa saúde das suas roseiras depende, em primeiro lugar, das condições de cultura: localização, sol, qualidade do solo, rega, poda, fertilização. Na parte inferior desta rubrica encontra exemplos visuais para identificar os problemas que ocorre e remediá-los eficazmente!

Acidentes de percurso…

Apesar dos inúmeros cuidados, as suas roseiras são ameaçadas por diversos agressores: pragas e doenças, das quais algumas são específicas. A sensibilidade às doenças pode ser bastante variável de acordo com as variedades.

O meu conselho: elimine as flores murchas e a madeira morta para manter um aspeto tão estético quanto possível na roseira, mas também reduzir os riscos de doenças.

Prevenir as infestações das roseiras

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É mais adequado impedir as infestações bloqueando o desenvolvimento de doenças mal surgem ou mesmo impedindo que se desenvolvam nas plantas. É a utilidade da seleção varietal que permite obter roseiras cada vez mais resistentes.

Para manter uma roseira sã, elimine as partes mortas, danificadas, manchadas ou com fendas. O corte deve expor tecidos sãos, que não apresentem qualquer vestígio escuro ou marca de descoloração.

Também é essa a função dos tratamentos preventivos. Alguns produtos utilizáveis em cultura biológica, como a calda bordalesa, mostram-se eficazes a título preventivo, sobretudo.  Em contrapartida, a maioria dos fungicidas de síntese também apresentam uma ação curativa.

O meu conselho: as variedades mais sensíveis a doenças bem definidas podem servir de teste.  Comece a tratar logo que apresentem os primeiros sintomas; será mais eficaz e limitará os tratamentos.  É isso a que chamamos combate racional.

Aborto das flores

Quando ficam ensopadas, e depois secam rapidamente devido a um sol ardente, as sépalas que protegem o botão de rosa endurecem e impedem o desabrochamento da flor, que cai prematuramente. Podem surgir marcas castanhas (podridão cinzenta). As variedades antigas ou inglesas de grandes flores com pétalas duplas revelam-se mais sujeitas a esta doença. É difícil agir, exceto nunca molhar as rosas durante a rega.

O meu conselho: tente descolar à mão as sépalas secas, mas esta ação delicada raramente é bem-sucedida.

Amarelecimento das roseiras 

Em solos calcários, as roseiras têm dificuldade em assimilar o ferro.  Isso provoca uma clorose, que se manifesta pela descoloração da lâmina das folhas, das quais apenas as nervuras se mantêm verdes. A planta desenvolve-se mal porque lhe falta a clorofila para transformar corretamente os elementos minerais extraídos do solo em açúcares de que se alimenta.

O meu conselho: o amarelecimento das folhas de uma roseira, sobretudo as mais antigas, ocorre mais frequentemente devido a uma carência de magnésio, potássio, nitrogénio, zinco ou fósforo.  Coloque um fertilizante para «roseiras» rico em oligoelementos logo após os primeiros sintomas; costuma ser o melhor remédio.

As doenças

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Míldio da roseira:  

Bastante ativo quando a humidade estagna na folhagem com uma temperatura de 18 a 25 °C, este cogumelo surge sob forma de manchas castanhas avermelhadas que se alastram até provocar a secura parcial da folhagem. As flores também podem ser afetadas.  O míldio ataca sobretudo nos jardins expostos ao vento.  Saber mais: a variedade «Silver Jubilee» mostra-se particularmente sensível ao míldio.

Oídio:  

Chamamos a esta doença criptogâmica «branco da roseira» porque os caules recentes, as folhas e os pedúnculos florais ficam cobertos por uma feltragem em pó cinzento esbranquiçado característico. O cogumelo desenvolve-se superficialmente, mas alimenta-se diretamente nas células da roseira, também bloqueando a fotossíntese e, em consequência, o crescimento da planta.  A floração fica bastante prejudicada e, em caso de ataque forte, as folhas secam.  Uma primavera amena (mais de 20 ºC) e húmida, seguida de um verão pluvioso, favorecem o aparecimento do oídio, bem como um solo demasiado ácido e excesso de fertilização azotada.

Quando a temperatura é inferior a 25 °C pode tratar com enxofre, um produto aceite na cultura biológica.  Com tempo mais quente impõe-se um produto contra a «doença das roseiras» porque o enxofre pode provocar queimaduras.  Verifique se a ramagem da roseira está bem arejada e não molhe a folhagem durante a rega.  Saber mais: as variedades «Dorothy Perkins», «Lili Marlene», «Mermaid», «Zephirine Drouin» e «Madame Isaac Pereire», são atacadas sistematicamente pelo oídio.

Ferrugem:

Esta doença caracteriza-se por pontos alaranjados que surgem na faces inferior das folhas, formando pequenas pústulas.  A ferrugem ataca na primavera e no verão com tempo quente e húmido.  As folhas afetadas, principalmente as que se situam na metade inferior da roseira, caem prematuramente, mas a doença raramente se generaliza, daí existirem efeitos mais espetaculares do que perigosos.  Como o cogumelo hiberna no solo, junte todas as folhas doentes rapidamente e queime-as.

Em geral, os tratamentos realizados contra a doença das manchas negras são suficientes  para evitar os ataques da ferrugem.

Falta de potássio no solo também favorece esta doença.  Reforce a fertilização com um substrato para «morangueiros» ou «tomates», sempre com uma dose elevada de potássio.  No outono também pode incorporar cinzas de madeira no solo.  Saber mais: a roseira trepadeira amarela «Rimosa» é uma das variedades mais sensíveis à ferrugem.

Manchas negras ou marsonia:  

É a doença mais frequente nas roseiras.  Com tempo ameno e húmido surgem pontos castanhos escuros a pretos com contornos irregulares aureolados de amarelo e que aumentam.  A folhagem cai rapidamente.  A roseira pode ficar completamente despida em julho, o que a enfraquece bastante.  Trate imperativamente com um produto para «doenças das roseiras» quando as condições climáticas estiverem favoráveis.  As pulverizações preventivas são as mais eficazes.  Junte rapidamente as folhas doentes para evitar a disseminação da doença.  Nunca faça compostagem com folhas de roseiras.

Regue sem molhar as folhas e, durante a poda, elimine os ramos que apresentarem manchas escuras suspeitas. Entre as variedades mais sensíveis a marsonia incluem-se: «Cardinal de Richelieu», «Graham Thomas», «Nuage parfumé», «Papa Meilland», «William Shakespeare», etc.